Alemanha, Maio de 2013
A compreensão vem de repente, sem preparação. Somente quando o passo estiver no momento certo, for o indicado, então nesse momento chega a compreensão, não antes.
A condição prévia é que estejamos em conexão. É uma conexão simples.
Há apenas uma conexão essencial. Todo o resto está a serviço desta conexão. A conexão é: pai, mãe, filho ou filha. Aí tudo está junto.
E se houver uma intervenção de fora, ou seja, de outra dimensão, sempre será direcionada para estes três: pai, mãe, filho. E nesta ordem. O pai primeiro. Tudo o que o pai faz só tem um objetivo: tudo o que faz está a serviço da família, está a serviço da mulher e dos filhos.
Se agora, em nossa época, na era da emancipação das mulheres, se a mulher é ativa ou se faz de ativa, se tem como objetivo sua realização, se aproxima ou se afasta?
E na política, para onde se dirigem os movimentos? Se, por exemplo, falamos de crescimento econômico e se falamos de sucesso na profissão, para onde se dirige o movimento? Dirige-se para a família? Ou se afasta da família? Temos que considerar tudo isso.
E se encontrarmos esse trabalho a serviço da vida, para onde se dirige? Sempre para a vida que segue em frente, para a continuação da vida. Sempre se dirige para a família.
E agora se trata de como conseguimos juntar a família. Só conseguimos se conseguirmos juntá-la na alma. Primeiro nosso pai, em seguida nossa mãe e, depois, nós, como filho/a. Ou pai, mãe e filho ou filha, se trabalhamos com outra pessoa.
Neste curso sempre se trata da morte.
Isso soa como algo muito geral, mas, na prática, a família é um grupo com intenções assassinas. Em toda família vigora uma frase assassina. E a frase é: “Você por mim”. E a resposta é: “Eu por você”. E essa resposta “Eu por você” também existe sem a frase anterior “Você por mim”. Nós percebemos diretamente quando alguém quer ir para a morte. Todos percebem de imediato.
Por exemplo, quem quer a morte? Sempre alguém que se preocupa. Todo pai que se preocupa com o destino de um filho. Existe uma preocupação boa. Aqui se trata da outra. A preocupação é que alguém esteja mal. E isso acontece principalmente nas mães. As mães que se preocupam. Isso é somente um grande teatro. Preocupação significa “Morra. E que morra logo. Assim, eu ficarrei bem”.
Ou seja, a família é simultaneamente uma comunidade assassina. Tudo oculto, é claro. Sob o manto da preocupação e do amor.
Então surge a pergunta: “Como podemos sair disso?”.
Vocês podem ver que este trabalho, tal como o mostramos e ao qual queremos levar vocês, é um movimento para a vida. Vida para todos.
Sem ilusões, com os pés no chão. No final, todos estão da mesma maneira, iguais, igualmente vivos.