Instituto de Constelações Familiares Brigitte Champetier de Ribes / Brasil

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"Eu escolho a vida" a cada hora em ponto

Convidamos você, a cada hora, a criar uma nova vibração ao redor do mundo, dizendo “EU ESCOLHO A VIDA” junto com milhares de pessoas. Todos juntos a serviço da vida.



As Constelações mediais 2, Milão 2013

O homem e a mulher, o antigo e o novo.

A grande felicidade é experimentada no relacionamento de casal. A felicidade maior do homem é a mulher e a da mulher, assim espero, é o homem. Com graus variados de dificuldades! Aproximar-me-ei a essas dificuldades e assim encontraremos uma boa solução. Falarei da felicidade entre o homem e a mulher, a felicidade dual. Existem duas felicidades, diferentes.

O assunto de hoje: o homem e a mulher, o antigo e o novo.

A primeira experiência de homem e mulher é feita com nossos pais.

Fechem os olhos.

Imaginemo-nos nossa mãe a nossa esquerda, nosso pai a nossa direita, e nós no centro e seguremo-los da mão. Dentro de nós, nossos pais se uniram. Cada um de nós através deles é homem ou mulher. No entanto, dentro de nós as partes masculinas e femininas são inseparáveis, mesmo nascendo homem ou mulher.

A unidade original dissociou-se novamente. Porém, sendo somente “Um” na sua origem, cada homem e cada mulher tentará posteriormente reconstituir essa unidade original, com a qual o homem buscará uma mulher e a mulher um homem. Por quanto somos homem ou mulher, unimo-nos novamente no ato sexual e conceberemos um filho. No filho, encontraremos novamente a unidade. Por isso, o relacionamento homem/mulher é decisivo na vida.  Nada é maior, nada é mais frutífero, nada é mais divino.

Na Bíblia fala-se da criação do Homem, Deus cria o Homem a sua imagem. Posteriormente explica-se o que essa imagem revela: cria-nos sendo homem e mulher.

Isso é a base. Como se observa isso na prática? Quantos homens enfrentam-se às mulheres, quantos homens reprimiram as mulheres, dominaram-nas!

Onde ficou a unidade?

No relacionamento homem/mulher esta unidade é o serviço a Deus absoluto, em todos os sentidos. Nada é mais religioso, nada nos une com mais intensidade a esta força criadora na que cada vida se origina.

Não sabemos com exatidão quantos obstáculos existem na via para essa unidade, para vivê-la de maneira feliz. Agora, demonstrá-lo-ei com uma constelação, de maneira que vejamos como é possível restabelecê-la e como é possível experimentá-la. O mais simples será que trabalhe com um casal que deseje saber o que serve a unidade.

Neste curso, trabalhamos com CF mediais, modalidade que permite concentrar-se no essencial. Não é necessário saber nada deles, o importante será descoberto durante o trabalho. Eles estão protegidos em sua privacidade.

Constelação de um casal

Hellinger pergunta que casal gostaria de trabalhar com ele. Escolhe entre os interessados. Sentam-se ao seu lado. Não pergunta por nenhum assunto.

Posteriormente pede para dois representantes aproximarem-se para eles. “Deixem-se levar agora pelo movimento interno, tal como os leva”.

No início, a mulher sente-se perturbada, custa-lhe aproximar-se dele.

Finalmente se juntam, seguram-se as mãos.

Posteriormente ele olha por cima dela, para longe.

Hellinger introduz, então, uma segunda mulher.

O homem parece dividido entre as duas mulheres. Aproxima-se à segunda. Ela sente-se muito aliviada, posteriormente gira-se, e afasta-se.

Então ele retorna à primeira, olhando várias vezes para longe, enquanto ela dá uns passos para trás.

Aqui Hellinger termina a constelação.

Pergunta-lhes como se sentem. Ela: mais ou menos.  Ele: sinto-me comovido.

Cada amor tem um passado. Uma das compreensões importantes que tive é que com o primeiro contato sexual nasce um vinculo que perdurará a vida toda. Isto é valido também para aquilo que chamamos de abuso, um contato precoce entre a filha e o pai ou o homem e a mãe. É válido também para os adultos, cria-se um vinculo para a vida toda. Isto mostra como, de maneira fundamental, o ato sexual coloca-nos sobre uma via que durará a vida toda. É a importância do primeiro relacionamento.

Isso foi visto na constelação: um laço anterior que se interpõe no relacionamento de casal atual. Conseguem ainda me escutar? É um tema que nos cabe a todos.

A pergunta seria: Como continuará? Existe uma solução para isso? A solução é possível quando o relacionamento anterior é reconhecido como uma parte de nós; isso é valido especialmente para o primeiro relacionamento, incluindo o incesto. Estou aqui entrando num terreno muito perigoso, exponho-me a um ataque pouco amigável!

Quando estou constelando pode perceber-se um amor muito profundo; mesmo que o ato seja violento, isso não terá importância.

Qual é a solução?

Reconhecer que aqui existe o amor, não um amor emocional senão um vínculo fundamental onde o homem e a mulher tornam-se uma só pessoa. Para a vida toda. Quem se opuser a isso e o combater, destruirá o futuro da pessoa em questão. Então, os relacionamentos posteriores não terão futuro. No entanto, se reconhecermos que isso foi um ato da vida, corpo e espírito abrangidos, nós poderemos liberar-nos deste primeiro relacionamento, levando-o conosco a um novo relacionamento. A ideia do matrimônio único é totalmente alheia à realidade, a realidade é muito diferente e a felicidade também.

Fechem os olhos.

Retornemos ao passado da nossa vida, a nossa primeira união sexual tal como foi, e tomemo-la em nosso coração. E sintamos como continua atuando em nosso corpo e alma. Quando a tomarmos em nosso corpo e coração, iremos para a próxima experiência sexual tal como foi, e tomarmo-la em nosso coração. Graças a ela crescemos, ela continua dentro de nós. Enriquecemos graças a ela: mais homem e mais mulher. Posteriormente vamos para a próxima, e uma mais, até nosso parceiro atual. Que mudará quando o passado tiver permissão para vir conosco?

Mas, sem contar nada para o parceiro, além do conhecido publicamente, seja um relacionamento ou um casamento. Sem contar nada íntimo e sem que lhe façamos perguntas. Conserva-se como algo pessoal e algo sagrado.

Esta vida que aqui vivemos é uma de tantas outras. Existiram vidas anteriormente, talvez umas quantas, com relacionamentos logicamente, e estas continuam atuando dentro de nós. Quando temos um relacionamento perturbado por algo que não entendemos, pode ser que algo de uma vida anterior tenha entrado. Ao sabê-lo, podemos mostrar-nos mais prudentes.

Uma experiência importante que pode fazer: o transfundo dos litígios repetidos entre o homem e a mulher tem relação com algo que aconteceu nas famílias de cada um.  Participei em um curso com Irina Prekop, no qual demostrava a terapia do abraço, trabalhando com casais. Havia um casal no chão e, de repente, o rosto da mulher mudou, via-se como o rosto de uma mulher de oitenta anos. Pedi-lhe para manter essa expressão e perguntei-lhe de quem a tinha adotado. Ela respondeu: era a expressão da minha avó. Perguntei-lhe que tinha acontecido com ela. O avô e ela tinham um albergue, disse, e, às vezes, ele pegava-a pelo cabelo e a arrastava-a pelo albergue diante dos clientes. Aterrorizante!

Podem imaginar os sentimentos desta mulher?

Ela conseguiu alguma vez expressá-los? Não. Porém, os sentimentos estão lá e desejam manifestar-se. Agora a neta retomou os sentimentos da avó. Isso é uma transferência da avó para a neta. A neta manifesta esses sentimentos com seu marido, embora seja completamente inocente. Porque ele a ama, permite-lhe fazê-lo.

Isso também é uma transferência da mulher para o homem.

É a dinâmica de dupla transferência que faz que se brigue sempre com o mesmo motivo.

No momento em que a dinâmica for reconhecida, deveremos iniciar uma separação. Neste caso, a mulher deve separar-se da avó. Em vez de tentar salvá-la, deverá deixar tudo com a avó, porque caso contrário se colocará por cima dela.

Assim, deixará a infelicidade com a avó. Posteriormente olhará para seu marido… E não para seu avô! Então será possível curar o relacionamento.

Tenho muito ainda que dizer sobre este assunto, sobre a solução para que da infelicidade nasça novamente a felicidade, sobre a utilização do poder no relacionamento de casal, mais geralmente entre o homem e a mulher, e sobre como podemos superá-lo de boa maneira.

Constelação de um casal homossexual

Evidentemente é também um relacionamento de casal! E poderemos ver o que significa.

Bert Hellinger escolhe no grupo os representantes para cada um, depois de ter perguntado se eram casal e desde quando.

O ambiente é muito tenso. Ambos ficam à distância. Aquele que olhar para o chão colocará uma mulher deitada aos seus pés, que mostrará sinais de agressão e violência e se agarrará a ele.

Posteriormente Hellinger colocará outra mulher aos pés do outro homem que ainda não se movimentou. Essa mulher sofre, luta contra algo.

Posteriormente os dois homens se ajoelharão do lado das mulheres, um deles se deitará ao seu lado. Está muito afeiçoado à mulher a não quer ver seu parceiro.

Quando as mulheres conseguirem tocar-se, Hellinger terminará a constelação.

Para o parceiro: Nunca fiz algo assim. Não tenho imagens. No entanto, sem mulheres não funciona, foi visto com estas mulheres mortas, que jogam um papel importante. Elas precisam de um lugar em seus corações, tenha acontecido o que tiver acontecido então. E assim poderá movimentar-se algo em suas vidas. Aqui estamos guiados por outra dimensão.

Tenho uma imagem interessante. Conto-lhes simplesmente como me veio. A homossexualidade está avançando, independentemente do que as pessoas desejem ou não. É um movimento global. Todos estão a serviço de outra força.

No que conseguimos ver da constelação, os dois estão atraídos para mulheres mortas. As mulheres ocupam um lugar central.

…Não sei se devo dizer tudo…Para mim, está abrindo-se um âmbito novo. Não tinha nem ideias nem imagens a respeito, porém esse movimento medial está levando-nos a todos os âmbitos.

A imagem que tive é: os homossexuais estão atraídos por mulheres mortas por ter sofrido uma agressão. Se guardarmos isto á vista, que surgirá primeiro diante do nosso olhar? No meu aparecem mulheres que sofreram violência há muitíssimo tempo.

Por enquanto irei deixá-lo assim. Algo se colocou em movimento no grupo graças a esta constelação. Agradeço aos dois por terem tido a coragem de oferecerem para constelar-se. É uma ajuda para todos e para mim também.

O importante para mim é o tema do poder, a utilização do poder nos relacionamentos de casal, como se imiscui e como obstaculiza o amor. Onde há utilização de poder haverá chamamento para uma força oposta. Sempre se afrontam dois poderes, no aberto e no secreto. O amor rompe-se diante do exercício de poder, e fracassa a tentativa de união entre o homem e a mulher.

Quando um casal está preso pelo amor, já não são eles mesmos, estão arrastados, sem poder. Os apaixonados não exercem nenhum poder, eles tornam-se uma só pessoa. Esta intimidade sofre no momento em que o poder se imiscui. Isto não somente joga um papel entre o homem e a mulher individualmente, senão no nível global, entre os homens a as mulheres.

Falei brevemente sobre a transferência, isto é essencial: a mulher sofreu em tempos passados tanta agressão injusta, assim como violência, que as mulheres de hoje unem-se às mulheres do passado. Encarregam-se do sofrimento daquelas, e do seu ódio para os homens. Assim, se sentem fortes, porém não para o amor. A pergunta é, qual seria a solução? Aqui, a solução não se encontra nos casais individuais, a solução é global. A solução é que as mulheres de hoje olhem para o sofrimento das mulheres de anteriormente, que olhem para as injustiças que sofreram, e que se mantenham em atitude humilde, respeitosa. Estas mulheres do passado são as maiores e nós, os descendentes, ficaremos debaixo. Assim, as mulheres do passado podem crescer até sua plena grandeza e as mulheres de hoje sentem as do passado detrás delas, sentem sua força, colocam-se a serviço da vida… com um homem, DO SEU LADO, não debaixo dele.

Com isso, terminará a utilização do poder no relacionamento de casal. A mulher já não exercerá poder sobre o homem e o homem tampouco sobre a mulher. Desta maneira, se deixarão mutuamente em paz, se unirão e terão filhos, e olharão juntos para os filhos.

Fazem-no realmente?

Quando se trata de criar um filho, a mulher pode dizer para o homem: Fico contente que nosso filho seja como você. E o homem pode dizer para a mulher: fico contente que nossa filha seja como você. Podem imaginar como se sentem os filhos: dão um profundo suspiro! Isto pode transformar-se em uma família feliz, sem utilização de poder. É uma imagem ideal.

Que se interpõe a isso? O homem e a mulher provêm de famílias diferentes, ambos estão vinculados a elas de mil maneiras possíveis, pela consciência. Têm consciências diferentes, o homem deseja transformar a mulher a sua consciência, e a mulher deseja transformar o homem a sua consciência. Um litigio de casal é um litigio entre duas consciências, entre os deuses que estas consciências servem.

Cada consciência serve um deus próprio. A consciência do homem serve o deus da sua família e a da mulher o deus da sua família. Que deve temer o homem se for desviado da consciência da sua família? Deve temer acabar no inferno. O mesmo é válido para ela.

Seria mais simples se existissem homens e mulheres sem seus deuses. O relacionamento de casal seria conseguido com a queda dos deuses: o homem renunciaria ao deus da sua família, e a mulher também.

A que renunciam?

Renunciam aos membros anteriores da sua família, e se tornariam livres.

Livres um para o outro.