Bert Hellinger, Alemanha, 2013
As Constelações Familiares é um movimento místico e misticismo significa que entramos em consonância com algo infinito. Vou acrescentar algo mais. O infinito não é uma coisa, não é um resultado e não tem existência, está além de todo ser. E o que é que é além de todo ser? O nada. Só o nada é infinito.
Portanto, nas constelações familiares eu me dirijo ao nada. Não me dirijo a uma coisa. E do nada provém o sinal decisivo. E é o que mostro quando alguém se aproxima, não lhe pergunto, só me centro. Além de tudo que é e, em seguida, do nada chega um sinal, uma indicação sem que eu possa compreendê-la. Então digo isso e aí tem seu efeito; e isso é um processo místico e é estranho que a minha compreensão crucial não seja compreendida.
Embora com freqüência eu fale acerca dela, não é compreendida; só pode ser compreendida através de um caminho místico. De repente, a partir de fora esta compreensão crucial diz algo. Fala sobre o inferno da consciência. Expressa algo acerca do inferno da consciência. Todas as guerras, todos os conflitos e assassinatos são efeitos da consciência. Eu aqui só menciono isso de uma forma breve para que se possa compreender do que se trata.
Fechem os olhos
E agora soltamos, nos soltamos de nós, nos soltamos de nossas famílias, de nossos mal-estares, de nossos objetivos e, em certo sentido, de nossa vida. Nos soltamos de nossa vida e chegamos a um silêncio, um silêncio infinito, vazio de tudo, como se tivéssemos partido, como se nos tivéssemos afastado de nossa vida aqui, para um vazio infinito. E, desde esse vazio, escutamos uma palavra e essa palavra nos leva a outra amplitude; e esta palavra é: sim.