Quando um crime, secreto ou oficialmente legitimado, não é assumido, quando ninguém olha com compaixão nem para a vítima nem para o perpetrador, este crime manifestar-se-á através de tragédias repetitivas. Um grupo de descendentes pagará com seus sofrimentos a culpa coletiva não assumida, outros vingarão as vítimas transformando-se em novos perpetradores, outros seguirão essas mesmas vítimas na morte.
Até que um número suficiente de descendentes reconcilie vítimas e perpetradores em seu coração.
Reconciliação com os perpetradores atuais.
Reconciliação com os segredos e crimes que se ocultam detrás de toda a história da humanidade.
Reconciliação com as tragédias repetitivas que assolam a terra.
Entrega a origem. A Origem.
Abertos à vida como é.
Apoiados em nosso holograma, partícipes do holograma do Destino Coletivo.
Iremos representar quatro papeis: a pandemia atual do coronavírus, pandemias anteriores, a origem da pandemia, a própria pessoa.
Podem utilizar uma folha de papel que irão movimentando conforme se desloquem os papeis representados.
A pessoa se colocará alguns segundos em cada papel, na ordem citada. Ficará em cada representação até que não exista mais movimento.
Realizará uma ou duas voltas para sentir a dor, o medo, a raiva ou a culpa que anima a cada um.
Posteriormente, afaste-se um pouco para poder inclinar-se até o chão perante todos, com o mesmo respeito e a mesma compaixão para cada um.
Desde a prostração, é possível que perceba a transformação e o movimento dos representados.
Caso contrário, no final coloque-se novamente em cada um para perceber como se transformaram.
Para terminar, coloque-se de pé diante da vida como si próprio, até deixar-se levar pela força e pelo amor para frente.