Vamos lembrar uma dificuldade, um conflito ou um mal-estar que surge com alguém do trabalho, colegas, vizinhos, grupo, situação.
Vou identificando qual é o mal-estar em mim, sinto-o no meu corpo até lhe poder colocar palavras: raiva, vergonha, impotência, pena, desesperação.
Dou-me o tempo de senti-lo bem no meu corpo.
E agora, deixo de olhar para a pessoa, ou as pessoas que provocam esse mal-estar.
Percebo que isso eu já o senti outras vezes; e retrocedo, vendo, efetivamente, que senti essa mesma sensação em várias ocasiões anteriores. Talvez, inclusive, posso lembrar uma antiga situação, outra…
Então, vou para minha infância, e percebo que para alguém importante para mim naquele tempo eu lhe disse: “Eu como você”.
Agora posso olhar de quem era esse mal-estar: meu pai, minha mãe, minha avô, um irmão mais velho...
Vejo esta pessoa importante para mim, com esse mal-estar, e começo a entender seu passado, seus conflitos, sua dor.
E lhe digo: procurando o seu amor eu lhe disse: “eu como você”.
Agora cresci: “você é você e eu sou eu;
vejo sua dor, obrigado por ser como é, obrigado por ser quem é.
E agora, “libero-lhe de mim e escolho viver a minha vida”.
Agora, volto ao momento presente e a essa pessoa que me criava mal-estar. Observo a profunda mudança produzida nela e em mim, e lhe digo:
“você por você, eu por mim”,
“eu sou eu e você é você”,
“obrigado por ser como é”,
“ deixo- lhe ir para sua vida e eu vou para a minha”.
O conflito era um espelho de mim mesmo…