Instituto de Constelações Familiares Brigitte Champetier de Ribes / Brasil

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"Eu escolho a vida" a cada hora em ponto

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HellingerSciencia

Revista Hellinger, Março 2007

A Hellinger Sciencia, deliberadamente escrito assim, é uma ciência universal no sentido original de filosofia. É a ciência universal das ordens que regem a vida humana em sociedade, originando-se na família, isto é na relação homem-mulher e posteriormente pais- filhos, incluindo a educação e alcançando as ordens no trabalho, na profissão e as organizações assim como as ordens entre grupos rivais, como comunidades ou culturas.

Igualmente, é a ciência universal das desordens que, na vida comunitária, leva a conflitos e separa as pessoas em vez de reuni-la.

Estas ordens e desordens propagam-se aos corpos e jogam um papel importante no génese das doenças e na saúde anímica, mental e física.

Porque nomear esta ciência “Hellinger Sciencia”? Pois Hellinger alcançou estes conhecimentos e os descreveu. Foram testados na prática e expostos ao público. Assim foi como muitos conseguiram constatar os efeitos destes conhecimentos sobre si mesmo tanto em seus relacionamentos como em seu modo de administrá-los. Como consequência disto, pode observar-se que se trata de uma ciência.

A Hellinger Sciencia é um conjunto em movimento. Isto significa que continua desenvolvendo-se continuamente, inclusive graças à experiência e aos descobrimentos de muitos outros que se entregaram a ela e aos seus efeitos. Tratando-se de uma ciência viva, não cabe em um molde acadêmico no sentido de uma matéria definitivamente elaborada e posteriormente ensinada e aprendida como tal. Tampouco pode ser submetida a controles de efetividade, julgando-a com parâmetros que lhe são alheios e justificando-a através deles. Suas justificações são seus efeitos e seu sucesso. Sob todo ponto de vista é uma ciência aberta.

A dimensão espiritual

A Hellinger Sciencia leva consigo uma dimensão mais, a dimensão espiritual. Esta última nos empurra além dos conhecimentos diretamente compreensíveis referente às ordens e desordens em nossas relações. Unicamente através daquela dimensão podem ser percebidos seu sentido universal e os efeitos que dela emanam em todos os âmbitos da existência.

Que é este conhecimento do espírito e quais são suas dimensões? A observação é o instrumento para descobri-lo e detectar seus efeitos: nada do que existe se movimenta por si só. Tudo é movimentado por algo que vem de mais longe. Ainda que aparentemente algo se movimente por iniciativa própria, igual que tudo que é vivenciado, seu movimento não poderá se originar em si mesmo. Cada movimento, tratando-se de todos os seres vivos, inicia-se em um movimento de fora e continua movimentado por ele ininterrompidamente ao longo do tempo que dure sua vida.

Algo mais pede um instante de reflexão

Cada movimento, sobretudo cada movimento vivo, é um movimento consciente. Isto pressupõe uma consciência presente dentro daquela força que movimenta tudo. Em outros termos: cada movimento é um movimento intencional. O movimento se movimenta por ser assim a intenção daquela força, obedecendo ao modo como esta força o pede.

Então, que existe na origem de todo movimento? Um pensar, que pensa tudo tal como é.

E suas consequências?

Para este pensar não existe nenhum movimento que não tenha surgido por sua vontade, tal como é e tal como se movimenta. Cada movimento é, na realidade, um movimento deste pensar do espírito. Portanto, referente a este pensar nada se detém. Tudo o que existiu continua sendo pensado no presente e no futuro tal como o espírito o deseja. Ao ser concebido simultaneamente por ele, o passado aplica-se ao futuro em todos os respeitos. O passado prolonga seu movimento no futuro e lá alcança sua perfeição.

O futuro torna-se então passado e movimenta-se para seu próprio futuro da mesma maneira. É difícil imaginar que este pensar que movimenta tudo deixe de fluir.

Assim então, já que não existe nada que não seja primeiro concebido por ele, tampouco pode existir nada depois dele. Que ou quem poderia pensar, depois dele?

Diante de este pensar, muitas de nossas ideais ou crenças perdem sua razão de ser. Por exemplo, a crença de um livre alvedrio, a crença da responsabilidade individual. E ficam ultrapassados muitos dos valores e das diferenças que são pilares da nossa cultura.

Aqui, refiro-me em primeiro lugar à diferença entre bem e mal, entre justo e errado, entre escolhido e rejeitado, entre em cima e embaixo, superior e inferior, melhor e pior, e finalmente entre vida e morte.

Não obstante, nos cruzamos uma e outra vez com estas polaridades, inclusive as vivenciamos. Não serão elas também concebidas e desejadas por este espírito, tal como são?

Devemos deter-nos para pensar: o passado e o futuro não são a mesma coisa. O passado está no caminho para o futuro. Portanto, em nossa experiência existe um antes e um depois, um mais e um menos.

Que mais, que menos?

Menos consciência ou mais consciência

Localizamo-nos em um movimento que nos leva de sermos menos conscientes a sermos mais conscientes. Encontramo-nos em um movimento de menos consciência, em harmonia com o espírito e seus amplos movimentos, movimentados para mais consciência, sempre em acordo com ele. Aquilo que qualitativamente nos aparece como mais ou menos é para o espírito impensável. Para ele não existe o mais ou o menos. Não obstante, este movimento, no que se refere a nós, está pensado assim pelo espírito que o habita. O movimento que nos leva é concebido de certa forma pelo espírito, apesar do que nos exige no caminho para um incremento de consciência.

Quem consegue este aumento de consciência, quem consegue este progresso, em harmonia com a consciência do espírito?

 Podemos conquistá-lo nós mesmos e consegui-lo nesta vida, ou talvez em muitas outras vidas?

Estão acaso todos os homens passados, presentes e por vir juntos neste caminho, para alcançar juntos este nível de consciência?

O alcançaremos juntos ou isoladamente, levados por todas nossas experiências passadas e futuras?

A liberdade

Evidentemente nos sentimos livres em muitos aspectos. Evidentemente levamos responsabilidade por nossos atos e suas consequências. No entanto, sabemos também que existe outra força, uma força espiritual que concebe, deseja e movimenta nossa liberdade, responsabilidade e culpa de tal modo que as experimentamos como sendo próprias.

E ainda assim, o gerenciaríamos tudo de outra forma? Seríamos capazes de gerenciá-lo de outra forma? De onde tiraríamos a força para movimentar-nos e atuar de outra forma?

Que nos resta por fazer então, em tudo isto?

Pois, atuar como antes e assentir a nossa liberdade, a nossa responsabilidade, a nossa culpa e ao nosso passado com todas suas consequências tal como são e tal como foram experimentadas.

Ao mesmo tempo, vivemos este consentir como um aumento de harmonia consciente com o espírito que movimenta tudo. Percebemo-lo também como um acrescentamento de consciência, tanto para nós como para todos aqueles que levam conosco os frutos da nossa liberdade e responsabilidade, assim como aqueles que foram arrastados no curso de nossas ações e de nossa culpa.

Estes numerosos seres humanos experimentam o mesmo evento de maneira diferente. Porém, quando através disso percebem sua liberdade e sua não-liberdade contiguas, alcançam um acréscimo de consciência, talvez inclusive um acréscimo de harmonia com o espírito que movimenta tudo. Alcançam um acréscimo de consciência que os afeta tanto como afeta a muitos outros em seu avance para uma consciência ampliada, levando-os um passo mais adiante.

As preocupações

Nesta dimensão do espírito, as preocupações deixam de subsistir, inclusive sobre o futuro da Hellinger Sciencia que nasce de um movimento do espírito, concebida e pensada por ele, e permanece em movimento do jeito que foi pensado pelo espírito, independentemente da aprovação ou desaprovação dos outros. Em qualidade de ciência universal, demonstra sua verdade em qualquer dos casos, por seus efeitos.

Que acontece então com as preocupações? Aquelas que surgem sobre nosso futuro, sobre o futuro de outras pessoas e do mundo. Em qualquer caso, as preocupações não são absurdas? Em que permitem mudar ou impedir algo? Opõem-se ao espírito, como se tivessem uma existência autônoma.

De outra natureza é a preocupação que nos impulsa em acordo com o movimento do espírito. É uma preocupação surgida de uma solicitude a serviço do mundo, movida pelo espírito. Está em acordo com ele. Esta preocupação encontra-se em harmonia com as ordens da vida, seu começo e seu fin.

O futuro

Em acordo com o pensar deste espírito, todo futuro é, para nós, agora. O espírito pensa tudo agora. Na dimensão do espírito morre a preocupação sobre o que vem. O próximo passo nos é indicado agora, quando estamos harmonizados com o espírito. O próximo passo existe e com ele existe um futuro. Para nós este futuro é agora.

A Hellinger Sciencia é uma ciência para o presente. Todos seus conhecimentos atuam agora e imediatamente. Qualquer resistência a estes conhecimentos atua igualmente agora e imediatamente. Assim é como se observa que a Hellinger Sciencia é uma ciência das nossas relações de agora.

O amor

No fim das contas, a Hellinger Sciencia é uma ciência do amor. Uma ciência universal do amor. É a ciência de todo amor que abrange tudo igualmente.

Como conseguir este amor?

Consegue-se na harmonia com o pensar do espírito que movimenta tudo do seu jeito. Consegue-se na consciência da harmonia com o movimento deste espírito. Este amor sabe amar e sabe até onde pode avançar. Sabe isso por estar atento à consciência do espírito e em harmonia com ele. Este amor é puro, tal como a consciência que está seguindo. É puro por ser movimentado por outro pensar. É um amor sábio, um amor sábio e puro.

Portanto, é um amor criador, sempre ao uníssono com o pensar do espírito. Este amor é uma ciência, uma ciência universal. E como tal, seus efeitos som universais. Este amor atua porque é verdadeiro.