Instituto de Constelações Familiares Brigitte Champetier de Ribes / Brasil

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A cura desde o espírito

Revista Hellinger, setembro 2006

Às vezes, a cura começa para nós no corpo. Quando ficamos doentes, procuramos primeiro um médico, especialista no corpo e nas suas funções, após longos estúdios e a experiência correspondente. Ele sabe como, no corpo, desenvolvem-se as doenças e conhece os meios que permitem frequentemente curá-las. Os sucessos espetaculares da medicina do corpo justificam a confiança que em muitas ocasiões lhe damos.

No entanto, a medicina moderna sabe também que muitas doenças têm sua origem na alma. Portanto, os conhecimentos que ganhamos referente aos efeitos dos campos do espírito sobre as causas anímicas e espirituais de várias doenças, encontraram entre os médicos do corpo uma objeção crescente.

Às vezes, uma pessoa fica doente e deseja morrer com a esperança, surgida da alma, de preservar a outra pessoa da doença e da morte. Quando esta conexão é vista e tida em consideração, então influencia positivamente na cura. Apóia o tratamento da medicina física.

A questão agora é: As doenças e o mal-estar têm haver, sejam de natureza somente física ou também anímica, com o espírito em seu sentido mais amplo? Provavelmente sim. Já quando observamos as conexões entre um mal físico e suas causas na alma, vemos que se trata de algo que se movimenta no campo do espírito.

Quando o duelo por um morto pode nos adoecer, compreendemos que aqui atua algo entre o morto e o vivo com efeitos sobre o corpo e a alma, e que ainda os mantêm vinculados em um campo do espírito. Quando aquilo que está entre o morto e o vivo se soluciona e se conclui, por exemplo, através de uma reconciliação, um agradecimento ou uma despedida com amor, isto terá efeitos imediatos sobre o corpo e a alma.

A experiência das constelações familiares evidencia ainda mais conexões. O campo do espírito de uma família lembra-se de tudo do que, talvez, os membros da família esqueceram ou desejaram esquecer, como por exemplo, uma criança abortada. Frequentemente, os membros esquecidos nos fazem lembrá-los - ou são trazidos à lembrança por este campo familiar- através de doenças e de transtornos físicos e anímicos. Isto quer dizer que os transtornos e as doenças estão relacionados com estes membros excluídos da família. A desordem no campo do espírito, nascido do esquecimento de algum membro familiar, reflete-se como desordem no corpo e na alma de outro membro desta mesma família. Consequentemente observa-se que a desordem no corpo e na alma poderá ser ordenada quando a ordem possa ser estabelecida tanto no membro doente como nos outros membros da família. Isto significa que a família deve reintegrar no seu seio os membros que foram afastados, negados ou feridos e os que foram expulsos, às vezes, de modo dramático, incluindo os que foram assassinados, apesar do doloroso que possa ser este processo para alguns, especialmente, para os que foram diretamente envolvidos naquilo. A cura acontece aqui graças a um movimento de amor para todos aqueles aos quais tinha sido negado.

O importante é que o culpado, a quem é atribuída à responsabilidade da exclusão e que sente a culpa, será também acolhido neste amor. Caso contrário, ficará novamente em uma situação de exclusão, com os efeitos perigosos que isto implica. Observamos que o amor do espírito se desenvolve além dos nossos conceitos do bem e do mal. Deixa atrás estas diferenças.

Além disso, o campo do espírito é mais que somente um campo familiar. Inclusive, fora da esfera familiar, o amor do espírito exige a entrega para todos com amor, para todos os humanos e para o mundo tal como se apresenta. Porque este amor espiritual se dá a tudo e a todos com a mesma intensidade. Portanto, este amplo campo do espírito encontra para nós sua ordem somente quando nos abandonamos ao seu movimento de amor e sintonizamos com ele em nosso pensamento e em nossa conduta.

Isto é, na realidade, o movimento curador para nós e para muitas outras pessoas. É curador para nosso corpo e para nossa alma. É curador para o corpo dos outros e para suas almas. E é curador para todos nossos relacionamentos, os que temos com outras pessoas e os que temos com a natureza e o mundo em sua totalidade.

Que ou quem cura aqui? Por acaso, somos nós com a ajuda do espírito e do seu amor, ou o espírito mesmo que nos toma a seu serviço?

Faço mais uma reflexão. Nosso corpo tem uma dimensão espiritual, assim como nossa alma. Ambos se orientam em suas expressões conforme uma imagem espiritual e conforme o movimento do espírito e seu amor. Quando, então, algo espiritual acontece dentro do campo do espírito e quando encontramos o acesso à dimensão espiritual de tudo o que vive e está presente, o campo mesmo mostra-se complacente conosco e nos presenteia uma informação, ou uma visão, provocando um impulso curador a partir dela.

No nível do espírito, estamos em conexão com os mortos, inclusive talvez, com entidades espirituais que se estabelecem, às vezes, do nosso lado e que produzem em e através de nós algo curador. Talvez, seja assim como conectamos com nós mesmos no nível do espírito, reencontrando um estado presente em vidas anteriores, como é sugerido por numerosas experiências. Graças a este laço pode acontecer algo curador. Entretanto, não precisamos lhe dedicar muita reflexão na hora de nos entregar nas mãos daquele movimento do espírito que, inclusive detrás destas experiências, atua tomando-as a seu serviço.

Como, então, nos tornaremos saudáveis e curados?

Através do espírito, através de um amor espiritual e, no fim das contas, através do amor do espírito, guiados e levados por ele.

E como podemos ajudar os outros de maneira espiritual e curá-los de maneira espiritual? Possivelmente, não há contradição para que este movimento curador nos abranja e nos cure e, através de nós, talvez, a muitas outras pessoas.

Não é certo que o amor sopra como e aonde deseja?