Para ser feito por uma só pessoa ou entre duas.
Para ser feito por uma só pessoa ou entre duas.
Este exercício pode fazer-se de vez em quando, sem propósito prévio, colocando-se a disposição do campo, para ajudar um morto a terminar de morrer, aceitando que não sabemos de quem se trata, nem a que sistema familiar pertence.
Também, é muito útil fazer este exercício quando nos sentimos pior.
Represente-se a você mesma, sabendo que em frente de você, a vários metros, há um morto que não está bem.
Irá se colocando, alternativamente, em você e nesse morto.
Em você, o primeiro é perder o medo e sentir um profundo respeito por esse morto. Olhe o morto nos olhos, até lhe poder dizer “tomo-o no meu coração” e inclinar a cabeça diante dele.
Depois, diga-lhe “farei tudo o que precisar”.
Perceba que o morto precisa de seu amor, de sua olhada, de seu contacto. Precisa que o toque com a mão, que o abrace, que o ajude a se deitar e a fechar os olhos.
O que importa é nunca forçar o morto, nunca ter pressa.
De vez em quando, coloque-se no morto para saber se lhe chega o que você sente (se não lhe chegar significa que você não o fez com sinceridade), ou para saber o que precisa de você.
Às vezes, precisará que lhe diga “você está morto. Tudo terminou para você. A dor, o medo, a culpa, a crueldade, tudo terminou. Já pode descansar em paz.”
E quando tenha fechado os olhos, deixe de olhá-lo, conecte-se com algo maior, depois, levante-se e vá para a vida.
Continuar chorando pelo morto, continuar abraçando-lo quando ele já está em paz, é uma intromissão.