Determine onde está a vida com o presente, onde está o passado.
Você está em seu adulto que decide observar o sofrimento que está aparecendo. Sabe que todo sofrimento é o prelúdio de uma mudança para melhor.
Observe o que sente, permita-lhe estender-se em seu corpo. Olhe para o mal-estar com ternura. E quando já descubra como se manifesta em seu corpo, imagine-lo diante de você.
Deixe-se movimentar, muito lentamente. Você está no vazio. Sem querer analisar nem entender. Diferentes partes do seu corpo vão poder liberar um trauma retido há muito tempo, talvez, inclusive, há várias gerações. Não procuramos entender. Não fazemos nada. Deixamo-nos atuar, muito lentamente.
Pode durar vários minutos. O importante é o centramento, o vazio. Se aparecer uma emoção, centramo-nos mais ainda. O curador é o movimento corporal. Pode ser que apareça um soluço ou algo muito profundo. Nunca é melodramático. É muito mais profundo do que isso.
Em silêncio completo, silêncio interno máximo.
Com a consciência da olhada compreensiva do adulto.
O adulto e o mal-estar transmutado já fazem um.
A alegria, a força, a rendição e a gratidão o inundarão.